Brasil alcança menor taxa de desemprego em 12 anos, mas enfrenta desafios no mercado de trabalho

Autor: *Marcos José Valle

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo IBGE revelou que, no primeiro trimestre de 2025, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7%, marcando uma redução significativa em comparação com o mesmo período dos últimos 12 anos. Essa queda no índice de desemprego reflete uma melhora no mercado de trabalho, com aumento no rendimento médio e crescimento em setores-chave da economia. 

Comparando os períodos do quarto trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, houve reduções notáveis no número de ocupados em setores específicos da economia. No setor de construção, houve uma redução de 397 mil pessoas; no setor de alojamento e alimentação, a redução foi de 190 mil pessoas; na istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, a redução foi de 297 mil pessoas; e nos serviços domésticos, a redução foi de 241 mil pessoas. 

As hipóteses para a redução dos empregos entre o final de 2024 e o início de 2025 incluem o encerramento das vagas temporárias abertas no fim de 2024 e o aumento na procura por emprego no início do ano. O aumento na busca por trabalho e a queda da população ocupada contribuíram para a alta da taxa de desocupação, que, apesar disso, permanece abaixo dos níveis de 2024 e marca um recorde positivo na série histórica. 

O ano de 2025 apresenta um resultado histórico quanto aos índices de desemprego obtidos. A taxa de desocupação de 7% no primeiro trimestre de 2025 é a menor já registrada para o período, refletindo uma recuperação econômica contínua e uma melhora no mercado de trabalho. Esse resultado é atribuído ao aumento no rendimento médio e ao crescimento em setores-chave da economia, que têm impulsionado a criação de empregos e a redução do desemprego. 

Os setores-chave da economia brasileira que têm contribuído significativamente para esses resultados incluem: 

  • Agronegócio: Responsável por uma grande parte das exportações do país, com destaque para a produção de soja, milho, café, açúcar e carne bovina. 
  • Indústria: Inclui a produção de bens de consumo e de capital, com destaque para a produção de alimentos, automóveis e produtos químicos. 
  • Serviços: O setor que mais emprega no Brasil, representando cerca de 70% do PIB, englobando atividades como comércio, turismo, saúde e educação. 
  • Construção Civil: Responsável por uma parte significativa do PIB, com destaque para a construção de edifícios residenciais e comerciais. 
  • Mineração: Inclui a extração de minério de ferro e petróleo, contribuindo para a matriz energética diversificada do Brasil. 
  • Tecnologia da Informação: Com destaque para as empresas de software e serviços de internet, representando uma parte crescente do PIB. 

O mercado de trabalho brasileiro tem mostrado sinais de recuperação, com uma redução significativa na taxa de desemprego e um aumento no rendimento médio dos trabalhadores. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a necessidade de criação de empregos em setores específicos da economia e a manutenção do crescimento econômico para sustentar a recuperação do mercado de trabalho. A continuidade das políticas econômicas e a implementação de medidas que incentivem a criação de empregos serão fundamentais para garantir a estabilidade e o crescimento do mercado de trabalho brasileiro nos próximos anos.

*Marcos José Valle é doutor em sociologia e professor de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter. 

Incorporar HTML não disponível.
Autor: *Marcos José Valle
Créditos do Fotógrafo: Pexels


1 thought on “Brasil alcança menor taxa de desemprego em 12 anos, mas enfrenta desafios no mercado de trabalho

  1. No Brasil, há anos, a área de tecnologia da informação e comunicação (TI / TIC) é carente de mão-de-obra qualificada. Uma parte considerável dos brasileiros qualificados nessa área acaba indo para outros países, em busca de uma melhor remuneração, além da qualidade de vida mais atrativa.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *